Passei os dias a lamber os teus olhos.
Sei que lá se encontra o tesouro que me escondes numa brincadeira só tua.
Olho-te dentro para buscar o lampejo da luminescência que sei existir.
Tenho todas as certezas do mundo impregnadas na duvida que semeias em mim.
Sobejam as perguntas.
Estremecem as minhas certezas absolutas.
E por isso mergulho.
Dentro do teu amor infinito que deixas lamber em todos os poros.
E é nesse imaginário que te percorro.
Nessa língua de palavras e olhares que sugiro derreter-te em desejo e luxúria.
Nesse xadrez que jogamos juntos num tabuleiro sobre brasas quentes.
E tudo fervilha por dentro. Luminescência e braseiro vermelho vivo.
Na urgência do beijo molhado que te imaginei em mim. Que faça do fogo um incêndio incontrolável.
Abraça-me com todos os teus segredos. Que assim não vejo no fundo dos teus olhos quanto desejas igual a mim.
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