Quero escrever. Os meus dedos correm. A mente trava. Mais duas sílabas. Menos dois sons. Sai um corrupio de pedaços de desejos. Esmagados pela culpa. Contornados pelo zig zag da volúpia. A fome em tempos dieta. E o buffet, farto, magnífico, esfregando as tentações na gula que escorre pelo sangue quente das veias. O jorro do frenesim. O sabor antecipado do prazer inconsciente. E tudo treme. Tudo arrepia. Tudo palpita. Interditos murmurados. Palavras secretas nunca proferidas. Mas esse ímpeto. Essa libidinosa entrega à fantasia.
Escreva uma resposta