A felicidade é fugaz.
Mas sabemos onde ela está.
Sabemos que corre muito e que a conseguimos encontrar na esquina entre duas ruas, na foz do afluente com o rio maior.
A felicidade é uma corrente de água onde conseguimos boiar ou deslizar. Mas nunca a conseguimos parar e ficar com ela como num mar-chão.
Por isso quero mergulhar na tua água revolta e profunda.
Onde sei que a felicidade é um turbilhão de sal e ondas.
Mas sem o teu sal e as ondas que escorrem dentro dos teus labirintos mentais a felicidade é de papel.
