Ouço-te no teu silêncio. Perscruto as tuas ansiedades. E comungo das tuas pequenas e grandes dores.
O silêncio oferece a possibilidade de ver dentro das nossas sombras o que mais brilha.
Quanto ouço o teu eco purificado na tua generosidade infinda quero dar-te um regado para te acolher.
É nesse silêncio que comungamos, carregado de palavras nunca ditas, que te direi
Não faz malEncosta a tua cabeça no meu peito e se quiseres respira fundo.
Não faz malE liberta essa pedra, qual Sísifo, montanha acima, que carregas por sentido do dever
Mas nada devesE só sabendo isso, e aspirando a uma vida plena e útil, sentirás
A tua levezaDa tua alma e mente. Serás assim
LivrePara te cumprires
Mulher inteiraE num peito em que chores seja de esvaziar o que te pesa mas não é teu.
Ou chores de alegriaCelebrando–te plena.
Na insustentável leveza do ser, que Kundera escreveu, como se te descrevesse.
Escreva uma resposta