Hoje rasgava-te de beijos até morreres de prazer.
Hoje rasgava-te as roupas para me encostar ao teu corpo incendiado pela luxúria.
Hoje ardia-te em torrencial tesão por ti a dentro.
Hoje seríamos brasa e carvão duma fornalha de paixão.
Quem nem os beijos molhados apagariam.
Quem nem os fluidos salgados ou os gemidos abafados sossegariam.
Hoje é o dia.
É o dia em que te tomo por minha porque já sou teu.
Hoje a impossibilidade torna-se turbilhão.
Ferocidade faminta da tua boca.
Dos teus seios a exigir línguas escorregadias enquanto se revoltam ao meu gostar.
Hoje o teu sal é o meu sabor.
Que se mistura com o teu.
Hoje fundimos-nos numa centelha.
Faísca do amor original.
E abraçamos-nos um contra o outro,
virginais,
pecaminosos,
cumpridos.
Os teus olhos nos meus.

Escreva uma resposta